O transporte de veículos de forma rápida e eficiente tem sido há anos uma das grandes preocupações da indústria automóvel. Nas décadas de 70 e 80, o transporte de carga não era minimamente comparável ao que acontece nos dias de hoje, e as grandes empresas gastavam milhões de dólares para tentar cumprir com os prazos estabelecidos com clientes e revendedores.
Nos anos 70, a gigante General Motors e a Southern Pacific Transportation Company, depois absorvida pela Union Pacific Railroad, desenvolveram e fabricaram um comboio, chamado Vert-A-Pac, capaz de transportar até 30 carros na vertical.
A solução de transporte de veículos na vertical deveu-se à significativa economia de espaço que permitiu aumentar o volume da carga. O custo de transporte, por carro, entre Lordstown (Ohio) e a costa oeste dos Estados Unidos, foi reduzido dos 260 por 160 dólares/carro.
Contudo, havia um poblema. Como é sabido, a perda de horizontalidade num veículo provoca danos irreparáveis devido ao derrame dos líquidos alojados no interior, de modo que, para resolvê-lo, a Chevrolet levou em conta essa circunstância na produção do Vega.
O depósito do óleo, por exemplo, foi vedado em toda a sua estrutura, o que impedia que o líquido espesso chegasse aos cilindros. As baterias contavam com capas especiais que evitavam o refluxo dos ácidos, enquanto o reservatório de água dos limpa-para-brisas era fabricado com uma inclinação de 45 graus, de modo que a água permanecia no mesmo lugar, independentemente da posição do veículo.
Além disso, as partes mais sensíveis do carro eram protegidas por plástico descartável que evitava solavancos e riscos. Uma vez colocados verticalmente, graças a uma ponte apoiada no comboio, os veículos eram pendurados através do chassis por quatro ganchos, para evitar danos durante a viagem.
O mais curioso é que este método de transporte não se concretizou... porque o Chevrolet Vega não teve sucesso esperado. As vendas não alcançaram os níveis esperados (apesar de todos os esforços e engenhosidade na sua produção e logistica, era um carro de baixa qualidade). Por isso, os vagões Vert-A-Pac deixaram de ter utilidade e acabaram por ser convertidos em vagões convencionais.
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