Seat explica como diminuiu o desperdício de água na produção automóvel

A oficina de pintura e a zona de chuva de monções, as áreas de maior consumo e nas quais se registaram maiores progressos

0 aos 100 25/03/2019 Noticias

Eletrodomésticos de baixo consumo, sistemas de irrigação automática, adaptadores nas torneiras... A consciência contra o desperdício de água ganhou terreno nas nossas casas, mas e na indústria? O caso da Seat ilustra como tem sido o progresso neste âmbito, com a preservação dos ecossistemas como um pilar básico da sua estratégia ambiental.

470 piscinas olímpicas: o consumo de água na fábrica da Seat em Martorell foi de cerca de 1.170.000 m3 em 2018, o equivalente a 470 piscinas olímpicas. No entanto, esta quantidade foi reduzida nos últimos 8 anos graças aos programas ambientais da empresa. Calculando por carro, a melhoria é evidente: de 3,54 m3 por carro em 2010 para 2,46 m3 no ano passado, quase 31% menos.

Um oceano de tinta: a oficina de pintura é onde se consome mais água, mais da metade do total. Os tratamentos superficiais da carroçaria, as cabines de lavagem para preparar a pintura e os que se destinam à pintura final do carro são os principais usos que forçam o consumo de água. Mas é precisamente nesta oficina que se fazem mais poupanças. O spray de tinta é direcionado para o veículo, mas uma pequena parte escapa do processo e cai sob uma plataforma de tratamento.

«Aqui adicionamos os produtos químicos necessários para separar a tinta da água, que, uma vez limpa, é devolvida ao processo em circuito totalmente fechado», explica o Dr. Joan Carles Casas, gerente de Engenharia na fábrica da Seat.

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Chuva de monção: outro ponto que resulta no consumo significativo é o teste de chuva, quando o veículo é verificado quanto à perfeita impermeabilidade, submetendo-o a mais de 150 litros de água por metro quadrado durante uma viagem de seis minutos. Um circuito fechado também é usado aqui. «Recolhemos e transferimos toda a água que usamos para um circuito de purificação. Depois voltamos ao processo», explica o Dr. Casas.

A Seat já percorreu um longo caminho, mas ainda há muito a fazer. Para minimizar o impacto no ciclo da água, são necessários processos novos e mais eficientes que permitam reduzir a quantidade de água consumida, reciclar a água utilizada no mesmo processo, reutilizá-la e devolvê-la ao ecossistema em condições ideais. O objetivo é reduzir o consumo em 38% até 2025.

Para o efeito, foram iniciados vários projetos, tais como a recuperação de água condensada em sistemas de ar condicionado ou a monitorização de instalações de refrigeração. Além disso, estão a ser implementados sistemas de previsão meteorológica para programar a irrigação de zonas verdes. E ainda mais: estão a ser realizados testes piloto com sistemas de eletrocoagulação, ultrafiltração e osmose inversa para reciclar uma parte significativa das águas residuais.

«A digitalização e as novas tecnologias ajudam-nos muito a avançar para um modelo de economia circular com mais reciclagem e menos emissões. Mas o mais importante é a consciência e a proatividade da equipa Seat, que sem dúvida nos levará a atingir os nossos objetivos», conclui o Dr. Casas.

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