É uma das questões que mais preocupa os proprietários e potenciais proprietários de carros elétricos: a cobrança dos carregamentos dos veículos eléctricos. Agora surge a notícia que a fatura de carregamento dos carros elétricos pode vir a incluir a cobrança da Contribuição para o Audiovisual (CAV), mais conhecida como “taxa RTP”. A medida está em estudo, estando prevista a cobrança de uma taxa mensal de 2,85 euros que serve para financiar o serviço público de televisão e rádio, avança o jornal “Público”.
A verdade é que o início das cobranças dos carregamentos rápidos dos veículos eléctricos tem sido sucessivamente adiado e fontes ligadas ao processo admitem que o prazo para início dos pagamentos, previsto para a semana de 18 a 23 de junho, pode resvalar novamente. Em causa está a falta de acordo em várias questões, incluindo a possibilidade de cobrança da CAV vir a ser incluída na fatura da mobilidade elétrica.
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As empresas temem que a aplicação da CAV à mobilidade elétrica venha pôr em causa a sua rentabilidade, temendo que o preço final dos carregamentos rápidos atinja níveis pouco atrativos para o consumidor final. A questão é se a taxa, que abrange todas as instalações elétricas e não apenas as de uso doméstico, deve ou não refletir-se também nos contratos da mobilidade elétrica.
A “taxa RTP” de 2,85 euros (sem IVA) é uma das várias que os consumidores de eletricidade pagam nas suas faturas mensais e que este ano representará uma receita de 186 milhões de euros para os cofres do Estado, segundo o Orçamento do Estado para este ano.
A título exemplificativo, a EDP já admitiu que “carregar 80% da bateria de um BMW i3 custa entre 2,3 e 3,1 euros”. No caso de um Nissan Leaf, o custo variará “entre 3,5 e 4,8 euros”…isto ainda sem a “taxa RTP”.
Neste momento, há seis comercializadores (GRCapp, Prio, Elergone, Galp Power, EDP Comercial e Enat Energia, que são simultaneamente operadores da rede de carregamento) que ainda não sabem o que deverá ser facturado aos clientes.
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