Luca de Meo, Presidente da SEAT, aproveitou o VI Congresso da GASNAM, que contou também com a presença de Jorge Seguro Sanches, Secretário de Estado da Energia de Portugal, que a marca espanhola vai desenvolver a tecnologia GNC para o Grupo Volkswagen.
“Queremos que esta seja uma tecnologia made in Spain; queremos ser pioneiros e acreditamos que vamos consegui-lo”, sublinhou o responsável. O Centro Técnico da SEAT, que conta com mais de 1.000 engenheiros, desenvolverá a tecnologia GNC para o Grupo Volkswagen, convertendo-se assim num Centro de Tecnologia a nível internacional
“O gás natural veicular tem um grande potencial de negócio, tanto para a indústria do automóvel como para a própria indústria do gás”, referiu Meu, sublinhando o desafio como o da mobilidade nas cidades e emergência no uso das energias renováveis.
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De Meo definiu esta energia como “uma alternativa sustentável e rentável face aos combustíveis tradicionais e ao veículo elétrico”. E nessa perspetiva, sublinhou que os clientes procuram autonomia, com uma carga que possa ser feita no trabalho ou em casa e que seja rápida. “Em suma, que o processo seja simples e económico”.
“O melhor da tecnologia GNC é que já existe”, pelo que “não são necessários grandes investimentos e pode ser oferecida amplamente aos clientes”, afirmou. Entre as maiores vantagens está o tempo de reabastecimento, que é rápido e limpo; e que tem um preço semelhante ao dos carros diesel ou a gasolina. Por isso, “o GNC não é apenas uma tecnologia ponte, mas sim uma alternativa real a longo prazo”.
Perante os representantes máximos da indústria do gás, Luca de Meo sublinhou que estes veículos têm uma dupla vertente ECO (ECOlógicos e ECOnómicos), já que existem reservas de gás para centenas de anos.
Também referiu que, se o parque de veículos de Espanha contasse com um milhão de veículos ligeiros GNC, deixariam de ser emitidas para a atmosfera 1,2 milhões de toneladas de CO2/ano, o equivalente a cobrir Madrid de árvores. “Além disso, significaria uma poupança para cada condutor de 700 a 1.000 euros por ano”.
“Estes automóveis, veículos comerciais ou camiões não requerem nenhum desenvolvimento tecnológico, sendo fiáveis, seguros, extraordinariamente competitivos nos custos, cómodos e muito práticos. Têm mais autonomia que outras opções e o seu uso adapta-se melhor à envolvente do que outras tecnologias, tanto na condução urbana, como interurbana ou de longa distância”, destacou.
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