O cerco ao Diesel está a apertar-se e já se reflete nas vendas, fazendo soar os alarmes de alguns construtores, nomeadamente aqueles que mais dependem dos motores Diesel na Europa. Por isso a questão coloca-se: afinal, quais os construtores que mais (e menos) dependem dos Diesel?
A alteração de hábitos na compra de carro novo já é evidente em vários países, com os veículos equipados com motores a gasolina a ganhar protagonismo, assim como os elétricos e os híbridos a gasolina.
Em 2017, apesar do mercado europeu ter crescido 3,1%, a venda de carros equipados com motores Diesel em automóveis ligeiros recuou 7,9%, relativamente a 2016, com a quota a ficar-se pelos 43,8%, o valor mais baixo desde 2003.
No entanto, são ainda muitos os construtores que dependem maioritariamente dos Diesel. Com as ameaças pendentes, o mercado está a mudar demasiado rápido, pelo que as opções dos construtores parecem resumir-se a duas opções: ou abandonam definitivamente o Diesel ou terão de o defender.
Marcas 2017 - 2016
1. Land Rover 94% - 96%
2. Jeep 80% - 81%
3. Volvo 78% 83%
4. Mercedes-Benz 67% 70%
5. BMW 67% 73%
6. Audi 59% 68%
7. Peugeot 49% 52%
8. Renault 49% 54%
9. Nissan 47% 50%
10. Volkswagen 46% 51%
11. Ford 44% 46%
12. Citroën 43% 50%
13. Skoda 41% 45%
14. KIA 40% 48%
15. Dacia 39% 45%
16. Fiat 36% 36%
17. Hyundai 32% 42%
18. SEAT 30% 36%
19. MINI 29% 37%
20. Opel / Vauxhall 28% 32%
21. Mazda 26% 33%
22. Honda 26% 38%
23. Mitsubishi 23% 30%
24. Suzuki 8% 14%
25. Toyota 7% 14%
A tabela elaborada pela Jato Dynamics permite ver que, em todos os construtores, excetuando a Fiat, viram a quota de motores Diesel baixar de 2016 para 2017, refletindo sobretudo o aumento nas vendas de motores a gasolina. Mas mesmo assim, os números para muitos construtores são claramente elevados.
É possível constatar que a Land Rover é a marca mais dependente com uma quota de 94 por cento. Mas não admira, visto que a sua gama é constituída na totalidade por SUV, de médias e grandes dimensões. O mesmo aplica-se à Jeep, com uma quota de 80 por cento.
Também é interessante ver que as marcas Premium são as mais dependentes, com a Volvo (78 por cento), Mercedes-Benz (67 por cento), BMW (67 por cento) e Audi (59 por cento) a destacar-se, com mais de metade das vendas de carros novos equipados com motores a gasóleo.
Curiosamente, a Volvo prometeu eletrificar toda a sua gama, com híbridos e elétricos, já a partir de 2019, além de ter anunciado que a atual família de motores de combustão — gasolina e gasóleo - será a última a ser desenvolvida. A partir daí só motores elétricos.
As menos dependentes
As restantes marcas já apresentam quotas inferiores a 50 por cento, valor com tendência a diminuir, destacando-se a Toyota como a menos dependente, com os Diesel a representar apenas 7 por cento das suas vendas.
A percentagem deve-se à forte aposta na tecnologia híbrida e promete passar para zero com o abandono das motorizações diesel, que continuará a marcar presença em modelos como a pick-up Hilux e o Land Cruiser). Segue-se a Suzuki, com 8 por cento, Mitsubishi (23 por cento) e Honda (26 por cento).
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