A Ford prepara-se para seguir os passos da Tesla com a venda de carros elétricos exclusivamente online, com um preço não negociável, impedindo as vendas e consequentes margens dos concessionários.
“Temos que ir para o preço não negociável. Temos que estar 100% online. Não há stock [nos concessionários, o carro] vai directo para o cliente. E a entrega será remota. Acho que os nossos distribuidores podem fazer isso. Mas as normas vão ser brutais. Vão ser muito diferentes do que são hoje”, explicou o CEO da Ford, Jim Farley.
A marca da oval prepara-se assim para seguir os passos de outros construtores que decidiram apostar num modelo de venda direta e online: Mercedes-Benz, Stellantis, Volkswagen e Volvo, por exemplo.
A medida permite um maior controlo do processo de vendas e entrega, além de um maior ganho. Como os preços não variam de um revendedor para outro, as margens também são maiores.
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Que papel terão os revendedores nesta nova era? A intenção dos fabricantes é torná-los agentes, atribuindo-lhes uma comissão fixa por unidade vendida. Em troca, as concessões não terão que gerir stock, que passará a ser de responsabilidade das próprias marcas.
A Stellantis, por exemplo, vai aplicar esta solução em três das suas marcas premium: Alfa Romeo, DS e Lancia. Está previsto que partilhem os concessionários (embora cada uma tenha um espaço diferenciado dentro do estabelecimento).
No caso específico da Lancia, o objetivo é que a médio prazo 50% das vendas sejam online.
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