A ofensiva de eletrificação da Renault, Nissan e Mitsubishi prepara-se para dar um passo à frente com um investimento de 23 mil milhões de euros e o lançamento de 35 novos modelos elétricos. Mais: a Renault promete carros elétricos com o mesmo preço que os de um modelo a combustão. Como pretende alcançar isso?
O primeiro passo passa pelo uso comum de componentes-chave: as baterias são um bom exemplo disso. Ao padronizar o processo de produção e partilhar sinergias, a Aliança espera alcançar uma escala real e acessível. Assim, reduziriam os custos em 50% em 2026 e 65% em 2028.
Outro ponto em comum serão as cinco plataformas nas quais serão baseadas 90% dos modelos elétricos prometidos. Entre as arquiteturas estará a CMF-AEV dedicada a modelos acessíveis como o Dacia Spring, o LCV-EV destinado a veículos comerciais ou o CMF-BEV para veículos elétricos compactos.
Até agora, a marca francesa partilhou a CMF-EV com a Nissan: a base para o Renault Mégane E-Tech e o Nissan Ariya. Os japoneses, por sua vez, desenvolveram em conjunto com a Mitsubishi uma plataforma partilhada para seus 'kei cars' (mini automóveis) elétricos.
Produção e fornecimento de baterias
Em relação a baterias, Renault, Nissan e Mitsubishi também partilharão os avanços tecnológicos relacionados com baterias de estado sólido (ASSB) que a Nissan está a desenvolver.
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O objetivo é produzir as ASSB, em massa, em meados de 2028 e nos anos seguintes, para alcançar a paridade de custos com os automóveis com motores de combustão, reduzindo os custos para 58 euros por kWh e acelerando a mudança global para elétricos.
As ASSB, de resto, terão o dobro da densidade energética, face às baterias líquidas de iões de lítio atuais. O tempo de carregamento também será muito reduzido, para um terço, permitindo que os clientes façam viagens mais longas, com maior conveniência, confiança e prazer.
“As três empresas-membro definiram um plano comum para 2030, partilhando investimentos em futuros projetos de eletrificação e conectividade. Trata-se de investimentos massivos que nenhuma das três companhias poderia fazer sozinha. Juntos, estamos a fazer a diferença para um futuro global novo e sustentável; a Aliança tornar-se-á neutra, em carbono, até 2050”, disse Jean-Dominique Senard, Presidente da Aliança.
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