A Ferrari mostrou a sua última criação da série limitada “Icona” (Monza SP1 e o SP2), o Ferrari Daytona SP3, uma homenagem aos protótipos dos anos 60 e, mais especificamente, ao Ferrari 330 P3/4.
Feito a partir da plataforma alterada do LaFerrari Aperta, o Daytona SP3 dispensa os elementos híbridos do LaFerrari, economizando um pouco de peso no processo (o Daytona pesa 1.485 kg a seco, dividido em 44:56 dianteiro e traseiro).
Por outro lado, utiliza apenas soluções aerodinâmicas passivas – asas ativas não fariam sentido num desportivo que tem alma e coração inspirados na década de 60. No entanto, essa ambição pelo analógico não levou a Ferrari a recorrer à clássica transmissão manual.
Uma coisa é buscar uma certa pureza e outra cair na saudade. Conta por isso com uma caixa de 7 velocidades de dupla embraiagem F1 do Ferrari 812 Superfast, embora com um desempenho ainda mais rápido, segundo a Ferrari.
O coração desta “besta” não poderia ser diferente de um V12 montado em posição central traseira. E não é qualquer V12. É nada menos que o V12 mais poderoso que a Ferrari já fez. Falamos de 840cv de potência e 697 Nm de binário com um corte às ... 9.500 rpm!
Denominado de F140HC, este motor é uma variante F140HB do 812 Competizione e, como tal, continua sendo um V12 de 6,5 litros, sendo que o facto de poder funcionar a mais de 9.000 rotações é resultado de algumas modificações internas “meticulosas”.
A saber: elementos internos tratados com revestimento DLC, ou Diamond Like Carbon (é um material compósito sintético com propriedades semelhantes às do diamante); bielas de titânio, uma nova cabeça de cilindro, assim como uma nova admissão e escape.
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O resultado é uma velocidade máxima superior a 340 km/h, mas o mais impressionante é a aceleração dos 0 aos 100 km/h em 2,85 segundos, enquanto os 0 aos 200 km/h são cumpridos em escassos 7,4 segundos. E tudo, recorde-se, conseguido através de um motor atmosférico e sem o auxílio de eletrificação.
O preço? 2 milhões de euros por unidade, mais impostos. É o Icona mais caro até hoje. É também o que será fabricado em maior quantidade: 599 unidades, face às 499 do Monza.
Obviamente, todas as 599 unidades já estão reservadas. As primeiras entregas arrancam no final de 2022, porque primeiro a Ferrari tem de fabricar os últimos Monzas e o SP3, para utilizar a mesma linha de montagem. A produção do Daytona SP3 continuará até pelo menos 2023 e talvez 2024.
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