O chefe de pesquisa e desenvolvimento da Mercedes-Benz, Markus Schäfer, acredita que os combustíveis sintéticos não são viáveis para a indústria automóvel num futuro imediato.
Em entrevista à Autocar, Schäfer afirmou que o construtor alemão está comprometido na eletrificação dos seus modelos e não acredita que combustíveis sintéticos para substituir a gasolina e o diesel sejam o caminho a seguir.
"Tomamos uma decisão clara de que nosso caminho é elétrico", referiu Schäfer. “Quando desenvolvemos as novas plataformas, pensamos primeiro em eletricidade. Temos que observar as regulamentações e o comportamento do cliente, mas essa será a nossa principal via”, sublinhou.
“Se temos uma abundância de energia, o melhor é colocá-la diretamente na bateria. Transformar energia verde em e-fuel é um processo em que se perde muita eficiência. Se houvesse mais energia limpa disponível, os primeiros clientes provavelmente estariam no setor de aviação. Muito, muito mais tarde - não vejo isso nos próximos dez anos - virá a indústria automóvel”, acrescentou Schäfer.
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Enquanto a Mercedes-Benz é cética em relação ao futuro dos combustíveis sintéticos, outros fabricantes de carros consideram esta solução uma alternativa viável aos combustíveis que atualmente alimentam os elétricos.
Em abril, o chefe técnico da Volkswagen, Matthias Rabe, disse que combustíveis sintéticos feitos a partir de biomassa e outros materiais serão uma alteranativa à eletricidade e hidrogénio.
Da mesma forma, a Mazda está a estudar combustíveis líquidos recicláveis a partir de microalgas. Também o diretor de operações da McLaren, Jens Ludman, afirma que a marca está a ponderar construir um carro de desenvolvimento que funcione com combustível sintético.
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