A fusão entre a FCA e a PSA, anunciada esta quinta-feira, 31 de outubro, representa uma sinergia nunca antes vista na indústria automóvel. A nova empresa controlará as marcas Fiat, Chrysler, Jeep, Dodge, RAM, Lancia, Maserati, Alfa Romeo, Peugeot, Citroën, DS, Opel e Vauxhall. As oito primeiras formam a FCA, enquanto as cinco últimas fazem parte do "catálogo" PSA. A sede será na Holanda.
A união levaria à criação do 4º maior construtor mundial em termos de vendas anuais (8,7 milhões de veículos). À data da sua criação, as margens da nova entidade conjunta estariam entre as mais elevadas dos mercados onde operaria, suportadas pela força da FCA na América do Norte e América Latina e do Groupe PSA na Europa.
A nova entidade combinaria as forças das respetivas marcas dos dois grupos nos segmentos do luxo, premium, veículos de passageiros generalistas, SUV, pesados e veículos comerciais ligeiros, tornando-as mais fortes no seu conjunto.
A entidade resultante desta fusão reuniria as competências alargadas e crescentes dos dois grupos nas tecnologias que suportam a nova mobilidade sustentável, incluindo cadeias de tração eletrificadas, automóveis autónomos e tecnologias digitais e conectadas.
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As sinergias anuais estão estimadas em cerca de 3.700 milhões de euros, sem encerramento de fábricas.
Uma equipa de gestão conjunta, de elevada reputação, reconhecida pela sua criação de valor excecional e de sucesso comprovado em anteriores operações de fusão.
O Conselho de Administração da casa-mãe holandesa contaria com uma representação equilibrada, com uma maioria de administradores independentes. John Elkann como Presidente do Conselho de Administração (Chairman) e Carlos Tavares como Diretor Geral (CEO) e Membro do Conselho de Direção.
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