O secretário de Estado do Ambiente, José Gomes Mendes, anunciou esta sexta-feira (14 de setembro), na Lisbon Mobi Summit que se realiza em Lisboa, que os pagamentos na rede pública Mobi.E vão começar a ser pagos já a partir do próximo dia 1 de novembro.
A cobrança era para ter sido aplicada em julho de 2017, só que, os sucessivos adiamentos levaram a definir a primeira metade deste ano para o início das cobranças. No entanto, só a partir do próximo dia 1 de novembro é que vão começar a ser cobrados os carregamentos realizados.
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De acordo com o membro do Governo, os tarifários dos diferentes operadores serão revelados mais perto da data de início dos pagamentos, com os acordos a serem finalizados em meados de outubro.
Para José Gomes Mendes, a simplificação é um fator crucial para se ter uma rede bem-sucedida, sendo que para o efeito são necessárias “três camadas”, adianta.
“Temos de ter um conjunto de operadores, os comercializadores de energia elétrica para os carros e uma entidade gestora”, começou por referir, concretizando que “esta última é necessária porque queremos uma rede de carregamento em que qualquer pessoa possa carregar em qualquer estação, sem problemas de compatibilidade. Uma rede interoperacional. Carregar, por exemplo, com o mesmo cartão em todas”, explicou, lembrado que numa viagem recente ao Reino Unido deparou-se com uma realidade em que “as pessoas se queixavam de haver 26 redes distintas”.
O objetivo é, por isso, “um cartão na rede pública, mesmo que depois existam programas privados. Vamos arrancar com os pagamentos a 1 de novembro e a meio de outubro termos os acordos todos firmados com os operadores”.
O mesmo responsável aponta ainda como meta que “até 2040 todos os ligeiros e comerciais vendidos em Portugal sejam veículos de emissões zero ou de muito baixas emissões, abaixo dos 30 g/km de CO2”.
Em 2017, os quase 4.300 utilizadores fizeram quase 233 mil operações de carregamento.
Por municípios, Lisboa liderou na energia consumida e no número de utilizadores (620 Mwh e 2.051 utilizadores), seguindo-se em termos de energia Loures (200 Mwh), Porto (cerca de 150 Mwh) e Cascais (mais de 100 Mwh).
Enquanto, por número de utilizadores a lista tem como segundo classificado Matosinhos (889), seguindo-se Loures (824), Porto (820) e Azambuja (794).
Nos PCR, a 'liderança' de utilizadores pertence à Azambuja (794), seguindo-se Pombal (701) e Oeiras (480), enquanto na energia consumida Lisboa (quase 120 Mwh) volta a estar em primeiro lugar, seguindo-se Cascais (cerca de 100 Mwh) e Oeiras (mais de 80 Mwh).
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