O novo Tucson é diferente. Muito diferente. Não há que ter medo em admitir os efeitos da ousadia estética que a marca coreana está a saber transportar até aos seus modelos, “forrando” de personalidade modelos que até aqui pretendiam ser apenas uma opção racional. Seja por fora ou por dentro, o novo Tucson transpira vanguardismo e originalidade, pelo desenho da dianteira, estilo das óticas, ou do minimalismo aplicado no interior.
É impossível não reparar: o Tucson destaca-se na paisagem pela estética disruptiva, com especial enfoque no jogo e organização das luzes de presença dianteiras, que se misturam e se integram na grelha frontal. As luzes dos “piscas” estão totalmente dissimuladas, ao passo que as óticas principais estão colocadas no para-choques.
A traseira também é impressionante, embora não tanto quanto a dianteira. A assinatura diferenciada surge por intermédio de faixa de iluminação a toda a largura da carroçaria e a escova limpa-vidros traseira está oculta por baixo do spoiler. Detalhes que marcam a diferença e que não deixam ninguém indiferente.
Cómodo e sofisticado por dentro
Os bancos estão colocados num plano elevado, permitindo manter o equilíbrio entre a sensação de se estar a bordo de um veículo mais alto, com a de certo toque desportivo, carimbado por uma linha de cintura elevada que culmina numa superfície vidrada (seja lateral, frontal ou traseira) relativamente escassa para SUV.
As jantes de 18’’, as aplicações cromadas a acompanhar o tejadilho em contraste com a pintura verde escuro e os apontamentos em plástico negro ajuda a fazer com que o Tucson não passe despercebido.
O mesmo se passa no habitáculo, marcado por vários detalhes de requinte. A começar pelo desenho, com linhas horizontais complementadas por suaves transições que garante uma superior perceção de elegância, conferindo um ambiente acolhedor e até algo relaxante.
Existem várias superfícies e materiais, com contraste entre preto mate e alumínio, além de topo de tablier e portas dianteiras forrados a material mais macio ao toque. A conjugação de volante de pequenas dimensões, painel de instrumentos digital e do enorme monitor tátil no topo da consola, ligeiramente inclinado para o condutor, muito ajuda à excelente apresentação do interior.
Entre os bancos da frente, além dos diversos locais de arrumo está o comando da caixa manual de seis velocidades, botão do travão de mão elétrico e comando dos modos de condução (Eco, Normal e Sport).
O habitáculo é dos mais espaçosos do segmento, em particular nos lugares traseiros, além de incluir generosa bagageira de 541 litros de capacidade (significativamente mais que os 488 litros da anterior geração), que podem chegar aos 1.061 litros com os bancos traseiros rebatidos.
Como é ao volante?
A condução faz justiça ao aspeto geral do SUV, conjugando precisão e suavidade, acompanhado pela suavidade do motor 1.6 TGDi de 150cv, ao que não é alheio o sistema semi-híbrido que incorpora, que não só promove ganhos em economia de combustível – apurámos consumo médio de 6,8 l/100 km –, aproveitando a energia recuperada durante a desaceleração, mas também na agradabilidade de utilização.
A mecânica está corretamente insonorizada – em autoestrada surgem apenas alguns ruídos aerodinâmicos da zona dos vidros laterais – e é despachada q.b. na maioria das situações, particularmente em modo Sport.
Condução envolvente
A qualidade de rolamento é um dos grandes méritos do Tucson, já que consegue juntar conforto e estabilidade, notando-se a forma elegante como se posiciona em cada curva, adornando pouco e reagindo com prontidão aos movimentos da direção. Obviamente não é um desportivo, nem oferece sensações semelhantes, mas tudo funciona com competência e conforto.
Entre a vasta oferta de equipamento, a versão Vanguard conta com ecrã digital de 10,25 polegadas, painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas, grupos óticos dianteiros e traseiros Full LED e sensor de chuva, por exemplo.
Esta completíssima versão Vanguard oferece ainda o portão da bagageira com abertura e fecho automático, além do mais cuidado sistema de som Krell e bancos e volante revestidos a pele. Ou seja, o Tucson oferece uma experiência de condução refinada, com um ambiente requintado e repleto de equipamentos que ajudam a empolar o modelo até cenários premium.
Quanto custa?
Tudo por um valor que, já não sendo propriamente barato nesta versão (37.150 euros, que desce para os 34.150 euros com campanha de financiamento) ficará abaixo dos ditos premium com níveis de equipamento e apreciação geral qualitativa do habitáculo do Tucson.
Em resumo
O novo Tucson posiciona-se como uma nova referencia entre os SUV. É cómodo, espaçoso, tem um desenho diferenciador e conta com um motor 1.6 muito agradável. Todas estas vantagens têm um inconveniente e que resulta algo mais caro que a geração anterior.
MAIS
- Desenho
- Interior
- Tecnologia
MENOS
- Preço
- Ruído aerodinâmico
FICHA TÉCNICA
Hyundai Tucson 1.6 TGDi 48V Vanguard
Motor: quatro cilindros
Cilindrada: 1598 cm3
Potência: 150cv
Binário máximo: 250 Nm
Tração: Dianteira
Caixa: manual de 6 velocidades
Aceleração (0-100 km/h): 10,3 segundos
Velocidade máxima: 189 km/h
Consumo médio (anunciado): 6,5 l/100 km (WLTP)
Emissões de CO2: 148 g/km (WLTP)
Peso: 1463 kg
Preço unidade ensaiada: 37.150 euros (34.150 euros com Campanha de Financiamento Cetelem)
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