O surgimento da Cupra parece, aparentemente, ter condenado a Seat ao desaparecimento. Contudo, o CEO da Volkswagen e presidente da Seat, Thomas Schäfer, garante que não vai matar a marca espanhola, sublinhando que ainda está para ser decidido o que fazer com ela.
“Não vamos matar a Seat. Resta-nos decidir o seu futuro”, assegurou Schäfer em entrevista à britânica Autocar.
Apesar de reafirmar que a Seat irá continuar, o responsável também admite que a “Cupra é o futuro da Seat”. “A Cupra é a reinvenção da Seat para seguir em frente. A Cupra irá avançar mais rapidamente para a eletrificação”, sublinhou.
“Ainda estamos a trabalhar num plano para a Seat. Está tudo bem até 2028 ou 2029. É uma marca de entrada para clientes jovens. Tem resultado na Europa, designadamente em Espanha, Reino Unido e Áustria”.
Em agosto, as vendas da Seat caíram 42%, principalmente devido ao facto de o Grupo Volkswagen ter decidido priorizar outras das suas marcas no fornecimento de semicondutores. A isto acrescentar que não tem qualquer carro elétrico no catálogo, e que a sua autonomia está a ser gradualmente absorvida pela Cupra (é o caso do León de 150 cv).
Entre os diferentes caminhos para a Seat, Schäfer não descarta transformá-la numa empresa de mobilidade. Por se tratar de uma marca direcionada para um público jovem, poderá vir a concentrar-se no sector de micromobilidade (scooters, quadriciclos elétricos, etc).
Por sua vez, a Cupra não será uma marca de volume, segundo refere o presidente da Seat, mas terá um “posicionamento forte” dentro do grupo, destinada a um “tipo de cliente mais jovem e rebelde”.