A Stellantis, que compreende marcas como a Fiat, Citroen, Peugeot, Opel, DS, Alfa Romeo, Lancia, Jeep, Maserati, Abarth, entre outras, prepara-se para alterar o modelo de distribuição, com os concessionários a passarem para agentes, um pouco à semelhança da Tesla.
O novo modelo de retalho será implementado a partir de meados de 2023, arrancando em três mercados (Áustria, Belux (Bélgica e Luxemburgo) e Países Baixos), vendo-se depois e progressivamente alargado na Europa após a primeira fase piloto.
Este modelo de venda direta, semelhante ao utilizado pela Tesla e Polestar, por exemplo, permitirá à Stellantis reduzir custos e aumentar o controlo sobre todo o processo de distribuição.
Os revendedores concentrar-se-ão assim apenas na entrega e no serviço. Além disso, os preços serão indicados pelas próprias marcas, para que os clientes não se deparem com valores diferentes de agente para agente.
Uwe Hochgeschurtz, diretor de operações da Stellantis para a Europa, acredita que esta estratégia beneficiará todas as partes, ou seja, para o grupo, para os revendedores (que terão uma rentabilidade pelo menos equivalente à atual e estarão menos expostos a riscos, especialmente com stock) e para os clientes.
“Os clientes poderão tirar partido de uma abordagem multimarca e multicanal, com uma oferta de serviços mais ampla. Os Concessionários terão um novo e eficiente modelo de negócio que visa beneficiar do portefólio de 14 marcas da Stellantis, criando sinergias, otimizando custos de distribuição e propondo soluções de mobilidade sustentável adicionais. Os nossos parceiros desempenham um papel importante pelo facto de serem os representantes das nossas marcas no terreno”, refere o responsável.