O diretor-executivo da Audi, Rupert Stadler, foi detido esta segunda-feira na Alemanha na sequência do escândalo de emissões poluentes da Volkswagen.
"Confirmamos que o senhor Stadler foi detido esta manhã. O interrogatório para determinar se se ele vai continuar detido está a decorrer", disse o porta-voz da empresa-mãe da Audi.
O procurador de Munique adiantou que Stadler foi detido devido ao risco de eliminação de provas. O caso está relacionado com o escândalo de manipulação de emissões poluentes no Grupo Volkswagen, conhecido como "dieselgate".
A informação é avançada por várias agências noticiosas, que lembram que os procuradores de Munique ordenaram buscas à casa de Stadler no âmbito da investigação e que um total de 20 pessoas são suspeitas no caso.
A procuradoria de Braunschweig impôs, na semana passada, uma multa de mil milhões de euros pela manipulação de emissões de gases em motores movidos a gasóleo (diesel) ao grupo automóvel alemão, que informou que não iria recorrer.
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A justiça alemã considerou como provado que entre 2007 e 2015, o grupo equipou, de forma ilegal, 10,7 milhões de veículos.
As suspeitas em torno de Stadler centram-se no caso dos carros vendidos na Europa que terão sido equipados com software, que altera os registos das emissões poluentes.
O antigo CEO da VW, Martin Winterkorn, e o seu sucessor Martin Müller e o atual presidente da VW, Herbert Diess, também estão a ser investigados.
A Volkswagen tinha assumido a culpa no processo dieselgate nos Estados Unidos, com dois responsáveis do grupo a cumprirem pena de prisão.
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