A União Europeia pretende endurecer o procedimento de medição de emissões e consumos dos veículos híbridos plug-in.
Segundo a Reuters, o objetivo é alcançar dados mais realistas, como resposta às criticas de que os atuais testes apresentam resultados até quatro vezes inferiores aos reais.
De acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, está a ser estudada a alteração do chamado Fator de Utilidade (UF): a proporção em que o carro pode circular no modo elétrico em relação ao uso do motor a combustão.
A alteração, que será discutida a 9 de fevereiro, deverá ser aplicada a partir de 2025, juntamente com os dados dos medidores de consumo de combustível.
"O fator de utilidade vai mudar", disse Petr Dolejsi, diretor de transporte sustentável da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), à Reuters, referindo-se à estimativa média da distância que um híbrido percorre em modo elétrico. "Estamos a começar a reunir os dados dos veículos... é um processo contínuo."
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Alguns exemplos dos consumos 'irreais' dos híbridos plugin podem ser encontrados no DS 7 Crossback E-Tense com 300 cv e 1.900 kg: anuncia um consumo médio de 1,3 l/100 km, ou um BMW 745e com 2.100 kg e 394 cv, que anuncia uma média de 2,1 l/100 km.
É que para veículos híbridos plug-in, os testes WLTP são repetidos várias vezes para quantificar as emissões e o consumo com base no nível da bateria. Assim, prioriza-se o valor do consumo médio como um valor único para poder comparar em vez de fornecer ao consumidor dados mais fáceis de entender e, sobretudo, mais práticos.
Esses dados seriam a autonomia máxima em modo elétrico (algo que já é feito), o chamado UF e o consumo médio quando a bateria se esgotar, dados que serão úteis para o consumidor quando decidir utilizar o carro em longas viagens ou em utilização sem carga na bateria.
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