Os novos limites de emissões de dióxido de carbono (CO2) dos novos automóveis à venda na União Europeia (UE) poderão levar algumas marcas a aumentar os preços dos seus veículos, a partir de 2020.
Os limites no CO2 entram em vigor já no primeiro dia do novo ano, de 95 gramas/km para veículos ligeiros de passageiros e de 147 gramas para os comerciais ligeiros, relata o jornal “Público” esta segunda-feira, 30 de dezembro.
Marcas como a Mercedes-Benz podem vir a cortar gamas quase na sua totalidade para cumprir este novo limite de CO2, enquanto a Mazda pode acabar com certas motorizações, entre as quais o motor 2.0 a gasolina no MX-5. Contudo, existem construtores que ponderam suspender os seus modelos, impor quotas aos concessionários ou subir os preços.
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A indústria automóvel tem cumprido os prazos nos cortes de CO2. Em 2015, o objetivo era de 130 gramas/km, mas a meta foi alcançada dois anos antes.
Os fabricantes já admitem ser alvo de multas milionárias. Se um fabricante, por exemplo, “colocar” no mercado europeu 300.000 carros em 2020 e o excesso de CO2 resultar numa média de 110 gramas por veículo, a multa a aplicar pela União Europeia será algo como 4,5 milhões de euros, ou seja, 15 euros por cada veículo vendido.
É por esta razão que serão lançados carros elétricos com valores abaixo do custo (exemplo o Skoda Citigo iV que implica um prejuízo de 8.000 euros por unidade) e o adiamento nas entregas de encomendas realizadas este ano de carros elétricos para 2020.
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