Le Mans 1955: a grande tragédia do automobilismo contada em animação

Uma curta-metragem animada sobre uma das maiores tragédias do automobilismo que merece a atenção

0 aos 100 28/11/2019 Curiosidades

É raro podermos apreciar obras de qualidade feitas e publicadas para que estejam disponíveis para todos e muito menos quando o tema principal é o automobilismo. É o caso da curta-metragem de animação de Quentin Baillieux que assinala os 65 anos de uma das maiores tragédias no mundo das corridas, Le Mans 1955.

O drama e sofrimento são tratados com enorme respeito. Não há tratamento mórbido para o infortúnio, nem mostra claramente o acidente do Mercedes 300 SLR conduzido por Pierre Levegh, que o torna precisamente um pedaço da história que vale a pena ver e rever, a partir de uma perspetiva diferente que nos oferece a animação, tão pouco usada para nos contar a parte mais cruel do automobilismo.

Foi um dia negro, com a morte de mais de oitenta pessoas, incluindo o próprio Pierre. Um dia que marcou a história desportiva da Mercedes, que se retirou da competição até 1989 por respeito a todos aqueles que perderam a vida naquele dia trágico de 11 de junho de 1955. 15 minutos para lembrar o que muitos não viveram, mas que tantos marcou.

John Fitch e as suas palavras com Alfred Neubauer para convencê-lo de que a Mercedes deveria abandonar a corrida após a tragédia, a vitória mais amarga de Mike Hawthorn, que foi o responsável pela manobra que levou Levegh a corrigir a trajetória e evitar o Jaguar que rodava a uma velocidade mais lenta para entrar nas boxes... cru, sombrio e imperdível.

“Pierre e eu dávamos bem. Concordamos em manter um ritmo regular durante a primeira metade da corrida e aumentar a velocidade no domingo, quando a concorrência estava a ficar cansada. Depois de duas horas e meia de corrida, com Fangio e Hawthorn numa batalha titânica pela liderança, Pierre era sexto. Eu estava com a esposa de Levegh, apenas para ir à caravana da Mercedes para tomar um café antes de me sentar no carro para o meu primeiro stint quando se deu a explosão. Corri para as nossas boxes e diante de mim um cenário horrível de caos, fumo, escombros e confusão. Podia ver os destroços a arder no topo das bancadas, eram os restos de um Mercedes, mas não conseguia ver o número. Então alguém disse-me que era o 20, o nosso carro. Naquela época, eu não tinha conhecimento da devastação entre o público” - John Fitch

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