Ferrari diz que 'dói' acrescentar sistemas híbridos nos seus desportivos

Primeiro Ferrari híbrido de ligar à tomada tem 1000cv e acelera dos 0 aos 100 km/h em 2,5 segundos

0 aos 100 02/09/2019 Noticias

Um engenheiro da Ferrari admitiu que projetar e fabricar desportivos com tecnologia híbrida é atualmente uma tarefa bastante desafiante do ponto de vista tecnológico. Algo que é tão complicado que chega até a "doer".

Quem o diz é o chefe de tecnologia da Ferrari, Michael Leiters, que considera isto um problema quando o construtor está a dar os primeiros passos na eletrificação dos seus modelos. O peso extra é sempre cuidadosamente considerado para que a agilidade e performance não seja comprometida.

"Dói, porque todo o sistema híbrido implica um acréscimo de 250 kg", afirmou Leiters à britânica Autocar. "É claro que não se consegue compensar 250 kg. Podemos fazer algumas coisas, adicionar peças e estruturas em fibra de carbono. Também não há marcha-atrás mecânica, com o recurso ao motor elétrico para andar para trás. Temos muitas destas coisas. Ter baixo peso é bom para algumas coisas, como aceleração, mas com 1000 cv, isso não é problema. Então é mais no lado da agilidade. Qual a capacidade de resposta do carro? Isso é peso e inércia."

O engenheiro dá como exemplo o novíssimo SF90 Stradale, equipado com um motor V8 biturbo de 4.0 litros e 779 cv de potência, que combinado com tecnologia híbrida chega aos 1000cv.

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"O mais importante é a distância entre eixos: é muito importante não aumentar a distância entre eixos para que possamos ter baixa inércia. Portanto, a distância entre eixos do SF90 é a mesma do F8. Depois disso, precisamos de um centro de gravidade baixo. Por isso, o motor está muito, muito baixo", acrescentou.

O SF90 Stradale, de resto, acelera dos 0 aos 100 km/h em 2,5 segundos e chega aos 340 km/h. 

No Circuito de Fiorano, palco por excelência para a afinação de todos os Ferrari, o SF90 registou uma volta em apenas 79 segundos (aproximadamente 1m19s), rivalizando com o tempo do LaFerrari, que detém o registo de 1m19,70s.

Tratando-se de um híbrido Plug-in, ou seja, o primeiro Ferrari de ligar à tomada, o SF90 é capaz de circular em modo elétrico em até 25 km (tração dianteira apenas), até uma velocidade máxima de 135 km/h. A bateria de iões de lítio tem uma capacidade de 7.9 kWh. O consumo e emissões de CO2 estão ainda em fase de homologação.

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