Se vai conduzir, não coma… tomates

Um condutor desidratado pode ser tão perigoso como um condutor sob influência de álcool

0 aos 100 27/07/2019 Ajuda

Com a chegada das férias, muitos condutores farão viagens de carro de longa distância. E para que tudo corra sobre rodas, é muito importante olhar para o que se come antes e durante a viagem.  Uma alimentação inadequada pode levar a sonolência, fadiga, nervosismo ou desconforto estomacal que afetam a atenção, aumentando assim consideravelmente o risco de acidente.

Mari Carmen López, médica da Seat Cars, explica que "não é suficiente dizer a si próprio que vai aguentar a viagem, é preciso estar a 100% e obter também o máximo conforto através da nutrição".

Por outro lado, "nunca devemos ficar ao volante com o estômago vazio, pois podemos sofrer de falta de açúcar no sangue e tonturas. Além disso, o sentimento de fome diminui a atenção porque estamos a pensar noutra coisa", acrescenta López.

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Refeições pesadas provocam sonolência, estômago pesado, azia e flatulência, incómodos que alteram a capacidade de concentração. Depois do almoço, por exemplo, está demonstrado que o desempenho diminui 10%. Por isso, segundo a López, "é preciso aproveitar cada paragem para comer em pequenas quantidades, e mesmo assim, depois da paragem principal, fazer uma caminhada de 15 minutos ou dormir uma sesta para descansar".

Os fritos e batidos, molhos e especiarias podem tornar-se obstáculos para uma condução segura. Também é melhor evitar arroz, legumes e massas. Como se trata de uma atividade que não requer uma ingestão extraordinária de calorias, é melhor não exceder com os hidratos de carbono, pois eles provocam peso no estômago. Citrinos, cebolas e tomates em excesso, embora sejam alimentos saudáveis, podem causar acidez, por isso é melhor não abusar deles durante um dia de condução.

Hidrate-se bem! 

De acordo com um estudo da Universidade de Loughborough (Reino Unido) e do Instituto Europeu de Hidratação, os condutores com uma hidratação insuficiente cometem erros semelhantes aos daqueles com um nível de álcool no sangue de 0,8 g/l, como se tivessem bebido mais de 4 copos de vinho. Os erros mais frequentes são as saídas não intencionais da faixa de rodagem, a travagem demasiado tardia ou a transposição da linha da berma.

Segundo López, "a desidratação pode levar a tonturas, vómitos e, em casos mais extremos, a perda de consciência". É por isso que é essencial beber, especialmente com temperaturas elevadas, em todas as paragens. A melhor opção, a água, embora possa ser combinada com algum sumo ou refrigerante.

Quanto à cafeína, a médica da Seat Cars destaca que "café ou chá durante o dia pode ajudar, mas quantidades a mais podem causar nervosismo. As bebidas energéticas, ao volante, são totalmente desaconselháveis".

Pode-se comer ou beber enquanto se conduz?

A maioria dos regulamentos europeus de trânsito não o proíbe explicitamente. No entanto, estas são duas atividades que podem distrair e dificultar a liberdade de movimento. Um estudo da Universidade de Leeds (Reino Unido) conclui que o tempo de reação, ao comer, é reduzido em até 44%. Por isso, é melhor parar para tomar a refeição.

 

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