A dez dias do arranque das reservas do Neo (nome de código), o primeiro modelo da família de modelos elétricos I.D., representa já para a Volkswagen um avultado prejuízo, uma vez que a marca alemã vai perder 3.000 euros em cada unidade vendida.
Segundo a revista alemã Auto Motor und Sport, a explicação está diretamente relacionada com os elevados custos de desenvolvimento e o baixo volume de vendas esperado para os primeiros tempos. O prejuízo deverá prolongar-se até 2025, ainda que diminuindo as perdas por veículo à medida que a produção (de baterias e de automóveis) aumente.
Se considerarmos que a marca prevê produzir 100.000 I.D. em 2020, falamos de uma perda de 300 milhões de euros só no primeiro ano de comercialização, algo a que a Volkswagen está preparada para enfrentar, para adaptar-se aos novos tempos e exigências sobre a indústria automóvel.
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O Neo, que tem apresentação confirmada para o próximo mês de setembro, será inicialmente vendido apenas na versão intermédia, um pouco à semelhança do Tesla Model 3. Terá cerca de 450 km de autonomia e custará 35 mil euros.
Só posteriormente serão lançadas as versões mais acessíveis (330 km de autonomia e preço de 29.990 euros) e o mais evoluído, logo topo de gama (600 km e preços ainda desconhecidos).
Todos estarão equipados com um motor elétrico, posicionado no eixo traseiro, com uma potência na casa dos 150 kW (cerca de 204 cv) e velocidade máxima limitada a 180 km/h.
Toda a produção será concentrada na fábrica alemã de Zwickau, região da Saxónia. Depois do Neo, serão apresentados o I.D. Buzz (recriação moderna do Pão de Forma) e o I.D. Crozz (SUV), seguidos por uma série de derivações.
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