O tribunal de Augsburgo, na Alemanha, decidiu que a Volkswagen tem de devolver a quantia exacta que o cliente pagou por um Golf TDi há seis anos (em 2012), porque, segundo o juiz, “a Volkswagen agiu de forma imoral, ao instalar deliberadamente sistemas fraudulentos para incrementar as vendas e os lucros”.
Esta decisão poderá representar um duro revés para o construtor alemão, ainda envolvido em inúmeras batalhas judiciais sobre o escândalo de fraude sobre emissões poluentes.
Significa isto que o fabricante tem de devolver cerca de 30.000 euros, mas a Volkswagen garante que vai apelar da decisão do juiz, alegando que “não existe base legal para a reclamação do cliente, uma vez que não sofreu danos nem perdas, além do veículo continuar funcional”.
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"Em nossa opinião, não há base legal para reclamações de clientes. Os clientes não sofreram perdas nem danos. Os veículos são seguros e viáveis", contrapôs a Volkswagen em comunicado.
O fabricante de Wolfsburgo lembrou que foram emitidas “cerca de 9000 sentenças no âmbito do caso das emissões de Diesel desde 2015, e a maioria das reclamações de clientes não foram atendidas nos tribunais superiores e distritais”.
"A decisão do tribunal distrital em Augsburgo está em contradição com várias decisões de outros tribunais em casos comparáveis", acrescentou a VW.
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