O Ministério dos Transportes alemão anunciou que cerca de 100.000 carros da Opel terão de ser chamados à oficina, por suspeitas de estarem equipados com dispositivos para manipular emissões.
Na segunda-feira, as autoridades alemãs realizaram buscas nas fábricas alemãs da Opel, em Rüsselsheim e Kaiserlautern, seguindo-se a decisão da recolha de 95 mil carros equipados com motores Euro 6d (1.6 CDTi e 2.0 CDTi), presentes em três modelos, Zafira, Cascada e Insignia.
Em 2015, a Autoridade Federal Alemã para os Transportes (KBA) encontrou quatro programas que permitiriam alterar as emissões, tendo ordenado que o construtor removesse o software malicioso dos carros. No início de 2018, a KBA descobriu um quinto dispositivo que considera ilegal, a razão para esta chamada à oficina.
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A Opel nega qualquer prática ilegal, assegurando que todos os seus veículos cumprem os regulamentos existentes. "Este processo não foi ainda concluído. Não está a ser atrasado pela Opel [em oposição ao afirmado pela KBA]. Se uma ordem for emitida, a Opel tomará uma ação legal para se defender", refere a Opel em comunicado.
Ainda assim, o construtor assume que “voluntariamente” fez actualizações de software, entre Fevereiro de 2017 e Abril de 2018.
As contas do fabricante são bem diferentes das do ministério, com a marca a avançar que, na Alemanha, apenas necessitariam de uma intervenção 31.200 veículos. Desses, como 22.000 foram já actualizados “voluntariamente”, para a Opel é claro que menos de 9.200 precisariam de ser chamados à oficina. Se a isso for obrigada, a marca promete “tomar medidas para se defender”.
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