A Ferrari desvendou o sucessor dos icónicos F40, F50, LaFerrari e Enzo. Chama-se F80 e como seria de esperar é algo especial: é o automóvel de estrada mais potente alguma vez construído pela marca italiana e os números confirmam-nos: 1200cv, velocidade máxima de 350 km/h, 0 aos 100 km/h em 2,15 segundos e 0 aos 200 km/h em 5,75 segundos.
É uma combinação entre um Fórmula 1 e um hipercarro de Le Mans, algo que é confirmado pelo habitáculo 1+1 (com o passageiro mais atrás), enquanto a mecânica híbrida plug-in remete claramente para o Ferrari 499P que venceu as duas últimas 24 Horas de Le Mans.
Com uma produção limitada a 799 exemplares até 2027, ano em que a marca italiana assinala os seus 80 anos, o F80 custará 3,6 milhões de euros (em Itália), incluindo impostos.
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Combina um motor V6 biturbo de três litros (com redline às 9.200 rpm) com três motores elétricos (um traseiro e dois dianteiros, um em cada roda, como no SF90 Stradale) para alcançar 1.200 cavalos de potência (900 da parte térmica e 300 da parte elétrica.
Mas porquê um V6? A resposta vem de uma parte do ADN da Ferrari: “É a arquitetura do motor utilizada na Fórmula 1… e agora também no protótipo do WEC”. Na verdade, o bloco partilha muitas partes com o do 499P vencedor de Le Mans… e na parte elétrica a tecnologia da F1 está bem presente.
É precisamente neste último aspeto que a Ferrari apresenta as evoluções mais interessantes. Por exemplo, a bateria – 2,3 kW – é nova e quase 50% mais leve (menos 38 quilos) do que a do SF90 (graças à tecnologia derivada da bateria dos monolugares Scuderia), com a qual partilha também o eixo dianteiro elétrico (com motor para cada roda gerido individualmente)… que perdeu nada mais nada menos que 36 quilos.
Tudo junto resulta em performances de referência. A começar pelo tempo de 1m15s3 em Fiorano, a pista de referência da Ferrari (são menos dois segundos que o SF90 XX, referência até ao momento). Ou os 2,75 segundos que demora a atingir os 100 km/h (em 5,75 chega aos 200).