Com o aumento dos contratos de renting e com os benefícios fiscais que os automóveis elétricos acarretam, há um número crescente de empresas (e também de particulares) que optam por este tipo de viatura e passados três ou quatro anos (depende do contrato) “trocam” por um modelo novo.
Este processo permite lançar no mercado de usados um grande número de automóveis elétricos muito recentes e a preços ainda mais competitivos. Este cenário tenderá a crescer de forma acelerada à medida que os automóveis elétricos vão ganhando protagonismo e clientes rendidos às suas inegáveis vantagens.
Quais são as vantagens de adquirir um elétrico usado?
Este tipo de viatura usada mantém intatos todos os atributos associados a qualquer automóvel 100% elétrico, a começar pelos reduzidos custos de utilização. Não só pelo menor custo imputado aos “consumos”, como na redução substancial nos valores das revisões e das trocas de peças de substituição, já que não precisa de correia de distribuição, de velas, de óleo…
O próprio sistema de travagem é muito menos sacrificado, graças à “travagem regenerativa”, sistema que recupera a energia cinética para a transformar em eletricidade que alimenta as baterias. Ao potenciar o efeito “travão motor”, este processo reduz, substancialmente, o desgaste das pastilhas e dos próprios discos.
Resumindo, e de uma forma geral, um automóvel elétrico usado não obriga a despesas de manutenção tão elevadas e gasta consideravelmente menos nos “consumos”. Basta pensar que, no caso de um Renault ZOE 40, um dos mais populares no mercado de usados, o custo de carregamento é inferior a 2€ por cada 100 km.
Que pontos terá de ter em atenção quando comprar
Graças à fiabilidade dos motores elétricos, as verificações técnicas preliminares são muito mais simples do que numa viatura com motor de combustão. Como comprador, não terá de se preocupar com o estado da embraiagem, quando é que trocaram o óleo ou se a correia de distribuição já foi mudada. Em compensação, convém estar consciente de que esta é a solução que procura e de todas as características que terá de ver asseguradas e dos acessórios que são indispensáveis.
A autonomia e a capacidade de recarga
O primeiro ponto a que terá de estar atento é a autonomia real do automóvel, fator que depende diretamente da capacidade da bateria. Basicamente, terá de garantir que o raio de ação do automóvel é suficiente para o fim que pretende.
Outra preocupação que terá de ter são as condições para o fazer… Consegue carregar em casa (basta uma simples tomada doméstica, embora o tempo de carregamento seja mais lento)? Tem um posto de carregamento perto? Consegue carregar no trabalho ou junto ao mesmo?
Nesse sentido, não se esqueça de se assegurar que o automóvel vem com os cabos dedicados, seja para carregar numa tomada vulgar ou num posto de carregamento rápido.
A bateria
A bateria de iões lítio representa uma parte significativa do custo total de um automóvel elétrico. Ainda que a tecnologia utilizada seja comprovada e já tenha dado provas da sua fiabilidade e longevidade, com o passar dos anos as baterias tendem a apresentar uma redução da sua capacidade.
A quilometragem
Com um impacto marginal no comportamento do motor elétrico, a quilometragem acaba por ter uma importância relativa na “mecânica” de um automóvel elétrico. Com a questão da bateria resolvida com a garantia da mesma, resta-lhe assim avaliar as poucas peças de desgaste que podem exigir alguma manutenção periódica como as pastilhas de travão ou o estado dos pneus.
Como em todos os automóveis, seja qual for o tipo de combustível utilizado, uma elevada quilometragem deve obrigar o potencial comprador a prestar uma atenção redobrada ao aspeto do exterior e ao bom estado do habitáculo.
Qual é o preço de um automóvel elétrico usado?
Mais uma vez, o preço depende do automóvel, do estado do mesmo, da versão ou nível de equipamento e até do local onde o adquire. Se decidir comprar a um particular através de uma plataforma online, convém munir-se de todos os dados que conseguir reunir sobre o estado da viatura e da manutenção do mesmo.
Por uma questão de paz de espírito e, acima de tudo, de garantia e confiança na qualidade do automóvel que está a adquirir, aconselhamos a recorrer sempre a uma empresa que certifique os usados.
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