[Atenção: as imagens podem ser consideradas chocantes]
Um grupo de cientistas na China está a ser condenado por utilizar porcos vivos em testes de colisão de cintos de segurança, deixando os animais mortos ou feridos com gravidade.
Segundo o jornal britânico Independent, sete animais jovens foram mortos, depois de serem amarrados em cadeira de bebé projetadas contra uma parede a 30 km/hora, enquanto oito ficaram gravemente feridos, com hemorragias, ossos partidos e hematomas internos.
Os animais, ainda jovens, ficaram sem comer 24 horas antes dos testes e sem água nas seis horas que antecedem os testes, cujo objetivo era testar os cintos de segurança para menores.
Os porcos são utilizados porque têm "uma estrutura anatómica semelhante à de uma criança de seis anos", explicaram os cientistas num artigo no International Journal of Crashworthiness, sugerindo inclusive vir a realizar experiências semelhantes no futuro.
A PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) emitiu um comunicado a condenar os testes, descrevendo-os como “bárbaros”. Segundo a PETA, as empresas de testes de colisão rodoviários usam hoje em dia tecnologia avançada, recorrendo a manequins sofisticados e modelados em 3D e, em última análise, a cadáveres, não havendo qualquer necessidade de infligir dor a animais.
Os sete cientistas chineses do Institute for Traffic Medicine at the Third Military Medical University (Instituto de Medicina de Trânsito da Universidade Militar de Medicina) garantem que seguiram as diretrizes norte-americanas para o uso de animais em laboratório e asseguram que o estudo foi aprovado por um comité de ética.
No Reino Unido, os porcos são usados sobretudo para estudar e tratar doenças, nomeadamente problemas cardiovasculares e distúrbios nervosos. Nos Estados Unidos, a prática de utilizar os animais em testes de colisão apenas foi banida nos anos 1990.
Deixe o seu comentário