A Mercedes-Benz admitiu que carros novos e usados vendidos por concessionários oficiais da marca alemã no Reino Unido estão a ser entregues com sensores de localização.
O construtor alemão vendeu só no último ano cerca de 170 mil carros no Reino Unido e explica que utiliza apenas os sensores para localizar os veículos em "circunstâncias excepcionais", como quando clientes não pagam prestações do financiamento. Isso significa que a informação é partilhada com empresas de recuperação e oficiais de justiça.
Segundo a União Europeia, localizar ou seguir remotamente um veículo sem o consentimento do condutor é ilegal. Contudo, quem compra um carro da marca a prazo assina um documento com termos e condições que incluem uma cláusula que informa sobre a instalação do localizador. Cerca de 80 por cento dos carros da Mercedes-Benz são vendidos através de financiamento.
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A este prorpósito, David Davis, ex-ministro do gabinete do Reino Unido, solicitou a abertura de uma investigação às práticas da marca alemã. "Esta não é a primeira vez que uma grande empresa se comporta como um "Big Brother", mas é raro ser tão enganadora assim", disse ao jornal britânico "The Sun".
"Tenho de questionar se é mesmo legal transmitir estas informações a outras pessoas, como agentes de execução. A legalidade deste procedimento deve ser analisado atentamente."
A Mercedes-Benz não adianta desde quando utiliza dispositivos de localização nos seus carros e alega que os sensores não são utilizados para seguir os clientes ou aceder aos seus dados em tempo real.
"Localizar o carro faz parte do processo de reintegração de posse, por isso não estamos a seguir permanentemente os clientes", afirmou um porta-voz. "O sistema é ativado somente em circunstâncias excepcionais em que o cliente violou o contrato de financiamento e repetidamente não respondeu às solicitações de contacto."
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